23 de julho de 2009

Meus Fados Meus

- Vem sonhar. Que ao som das guitarras, esquecem-se as guerras.
As guitarras são um dom de Deus, dão som á vida. As canções que encantam os corações, ficam mais bonitas.
As guitarras são amores meus, talhadas como pedras vivas. Meu amor, vem sonhar. Vem-se a dor. Vem cantar, junto com as guitarras lá .
As guitarras têm cordas de oiro.
- Tive que roubar a lua para te iluminar. Quando te iluminava a minha alma nascia de novo. Verdades brancas como aquelas que entram pela janela.
A sombra do ar me queima. Sem ti, morro de pena.
- Diz-me rio que conheço, como não conheço a mim. Quanta mágoa vai correr, o teu fim. Nem me ouves lanceiro, por entre vales e montes. Matando a sede ao salgueiro. Lavando a alma das fontes.
- Partiu num comboio de vaidades, á procura de mundo, num carrocel das cidades. Onde viver folgado, dizem que não há solidão. Mas eu no meu descampado, não tenho essa ilusão.
A saudade andou comigo e através do som da minha voz, o seu fado mais antigo, fez-me versos a falar de nós, sem ouvir os meus lamentos.
- Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado!
- Festins e cavalgadas e cavaleiro errante ao luar. Caravelas encantadas, que dormem em teu seio a soluçar. Cantos de epopeias. Oh Mar começa a chamar.

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