29 de julho de 2009

No meio de cena....e companha.



E agora, no meio dos espectáculos de Muito Barulho Por Nada, estou a ter uma recaída.
A um acumular de stress, cansaço e principalmente nervos rebentou em mim uma gastroentrite.
Tenho tentado aguentar, mas é complicado gerir :
tanta dor de estômago;
tanto vomito, a vomitar cada vez que saía de cena;
tanta ida ao hospital de urgência e ser picada montes de vezes por não se encontrar a minha veia de tanta tensão baixa e depois sair do hospital super mal, quase sem falar, com a língua entra-melada;
tanta dor de cabeça;
tanta dor de barriga....
E no meio de todo este diagnóstico as ordens são: nem sair da cama. Mas eu com a minha força fui todos os dias menos hoje. Ontem no fim do espectáculo estava tão fraca que disse logo eu amanha não posso vir, tenho de ficar mesmo de cama para depois fazer a minha Cornisa. E tive uma colega que se disponibilizou para me substituir, obrigada!
E assim foi: no dia seguinte, hoje, casinha e caminha o dia todo. Comprimidos e medicação a toda a hora.
Só tenho a agradecer a quem me está a dar a manita. Pelo telele: mamã, carãn, fanãn, mano e tia mila.
Por visitinhas: ao pãozinho, á água, á canja, ás pêras e maçãs cozidas. Á funana, ao Lula e á pétalas brancas.
Obrigada pela companha. És grande. Nem sei como agradecer. Choro.

23 de julho de 2009

Meus Fados Meus

- Vem sonhar. Que ao som das guitarras, esquecem-se as guerras.
As guitarras são um dom de Deus, dão som á vida. As canções que encantam os corações, ficam mais bonitas.
As guitarras são amores meus, talhadas como pedras vivas. Meu amor, vem sonhar. Vem-se a dor. Vem cantar, junto com as guitarras lá .
As guitarras têm cordas de oiro.
- Tive que roubar a lua para te iluminar. Quando te iluminava a minha alma nascia de novo. Verdades brancas como aquelas que entram pela janela.
A sombra do ar me queima. Sem ti, morro de pena.
- Diz-me rio que conheço, como não conheço a mim. Quanta mágoa vai correr, o teu fim. Nem me ouves lanceiro, por entre vales e montes. Matando a sede ao salgueiro. Lavando a alma das fontes.
- Partiu num comboio de vaidades, á procura de mundo, num carrocel das cidades. Onde viver folgado, dizem que não há solidão. Mas eu no meu descampado, não tenho essa ilusão.
A saudade andou comigo e através do som da minha voz, o seu fado mais antigo, fez-me versos a falar de nós, sem ouvir os meus lamentos.
- Meu fado, meu fado, meu fado, meu fado!
- Festins e cavalgadas e cavaleiro errante ao luar. Caravelas encantadas, que dormem em teu seio a soluçar. Cantos de epopeias. Oh Mar começa a chamar.

"Muito Barulho Por Nada"

Venho por este meio anunciar que é já no dia 25 de Julho a estreia do espectáculo Muito Barulho Por Nada de William Shakespeare. Em cena até dia 19 de Agosto.
Alerto os meus convidados para os dias 29 e 30 de Julho e 6 de Agosto.
Agradeço que se decidirem vir confirmem comigo.
O custo do bilhete é de cinco euros, com confirmação.
Obrigada!

21 de julho de 2009

"Loucura é comportarmo-nos sempre da mesma maneira e esperarmos um resultado diferente". Einstein.

Este titulo é uma pequena alusão á vida comum que o humano leva.
Por isso eu encarei esta mensagem vinda da mão de uma lemos e interpretei-a á minha maneira, para o meu seguimento de vida.
Pensar de uma forma mais livre. E perceber que as loucuras são necessárias ao descongestionamento da mente humana.
Dar uns berros ou cometer uns pecados não faz mal a ninguém.
O problema são os minutos a seguir, em que pensamos nas tais loucuras e apercebemo-nos de que não foi a melhor opção!
Nunca o arrependimento me atacou a alma, nunca me arrependi. Sou segura das minhas acções. Assim, com a minha humildade e confiança vou conseguindo conquistar o que me interessa e não as banalidades que me rodeiam. Dar importância ao que realmente tem valor.
Ainda bem que a minha loucura cativa tanta pessoa que me acredita na minha verdade!
E dizem eles todos da minha piscina: "Olá Ana, fazes cá muita falta".

Contagem decrescente!

Agora é que verdadeiramente percebi o que é o cansaço. Estou que nem posso.!
As dores na coluna são demais, acumuladas pelo stress que se vive numa altura destas.
A dias de uma pequena contagem decrescente, para uma grande estreia!
É já no dia 25 de Julho que se vai estrear o Muito Barulho Por Nada, estamos na recta final dos ensaios. Trabalho fechado.
Agora, ensaio de microfones, ensaio de luzes e adaptação ao espaço. O stress vence os nervos á flor da pele!
Ao fim de três anos, estamos prestes aos aplausos finais, á despedida.
Resumo negativo, dentro da normalidade: muitos desacatos, muitas diferenças, muitos desentendimentos, muitas chapadas, muitos gritos, muito stress, muita disputa, muita luta, muitos boatos, muitos comentários, muitos olhares,muitas escritas na tabela e muitos mandares de calar.
Resumo positivo: muitos sorrisos, muitos aplausos, muitas correcções, trabalho fechado, algum apoio, algumas gargalhadas, muitos aquecimentos de corpo e voz, união e bom trabalho.
Agora, aguardemos o resultado final na bela relva do Parque Palmela!

20 de julho de 2009

Porque quando o C3 fica atrás do Bravo origina o 108

Hoje fui ao 108.
O número que vai ficar na história das folaras, como o número de apetite de presunto e salmão e molhos horrorosos e águas de ananás e guardanapos sujos e mãos besuntadas.
O primeiro impacto foi um bocado tenebroso, um silêncio constrangedor dominava a carripana, mas depois de cinco minutos de som, o ambiente descongestionou.
Á chegada, começou a risada. E assim foi até agora.!
Só a aparvalhar. Ai como nos divertimos com as coisas mais pobres da alegria da vida. Até uma escada rolante dá origem a gargalhadas. Mas o melhor foi sem dúvida o humilde descafeínado acompanhado da fatia de bolo de chocolate.
E depois da procura de mil árvores para papar, fomos encaminhadas para o 108.
O mistério do 108, sem nome. Mas lá que as folhas eram boas, eram!
Aqui se mataram rãs verdes, para mais tarde matar rãs roxas!
E já agora, quando ameaço ir de propósito chorar, pinto as unhas com o verniz milagroso e passa tudo!

Escrevo para mim, sobre.

Quando escrevo para mim.

Não há dúvida de que quando o rio seca, a água desaparece e fica tudo seco.
Assim foi, correu como um turbilhão, depois acalmou e neste momento ainda não parou, mas as respostas são enigmáticas, quando o processador é instável.
Não percebo o falar bem e cuidadosamente, talvez como se o amanhã fosse complicado e depois um sonho de morrer de sono e parar tudo.
Talvez nem deva pensar, mas a realidade assim me faz. É tudo igual!
Água, deixa-me mergulhar e pensar que é tudo mentira. E que o rio não secou, nem vai secar.
E que se vai agitar, como num dia de levante no mar!
Peixes salvem a vida da água.
O que se refere á minha sanidade mental. Está poluída de secura.

14 de julho de 2009

Só visto, contado ninguém acredita!

Só visto, mesmo.
Isto só comigo.
Primeira tarefa do dia, ir ao ponto de encontro para voltar para trás. E mais 50 minutos de caminho, ai que bom.
Depois: segunda tarefa, discutir com uma empregada o fenómeno de desaparecer roupa. Ai as minha calças roxas. Desapareceram e voltaram a aparecer enroladas numa toalha, que sitio tão bem inventado.
Terceira tarefa, voltar ao ponto de encontro e voltar mais uma vez para traz!
Eu gostava de saber onde está a dignidade e a educação das pessoas. Ainda acho que isto não pode ser real. A falta de chá bateu todos os recordes do mundo.
Meu Deus, como continuará este mundo sem respeito por nada, nem ninguém.
Só se tem o intuito de fazer mal e lixar o outro. O prazer de envenenar as pessoas. A necessidade de subir á custa dos outros. A insconscienciência de se pensar que se é alguém na vida, quando de repente caiem as paredes e morremos todos.

13 de julho de 2009

Quando.

Quando pinto as unhas, já o verniz secou.
Quando vêem falar comigo e pedir para ouvir a minha sinceridade, chamam-me mãe.
Quando me tocam nas costas sentem as minhas mil contracturas.
Quando acordo, vomito.
Quando como, doí-me o estômago.
Quando me deito adormeço. Quando me quero deitar, nunca tenho sono.
Quando espero, abalo ás 3 da manhã.
Quando penso e penso e penso fico num turbilhão de confusão.
Quando acho ter feito bem, chumbo que nem um patinho.
Quando sorrimos e compramos óculos de sol com uma veterana na moda, acontece mais um ponto final.
Quando comemos "Go Natural" só apetece crepes.
Quando esperamos uma resposta, recebemos uma derrota.
A esperança é sempre a última a morrer, por isso aguardemos mais respostas com bons cenários.

7 de julho de 2009

6 de julho de 2009

Força


Força para vencer.
Força para encarar.
Força para sorrir.
Força para atender o telemóvel.
Força para falar.
Força para melhorar.
Força para te ajudares.
Força para te guiar.
Força para terminar.
Força para agradecer.
Força para reconhecer.
Força para ouvir.
Força para aceitar.
Força para ti.
Força para mim.
Força a todos.

Fotografias











Dedico estas três fotografias a quem as tem de receber.
Interpreta cada uma ao teu gosto e depois descreve-as.

A minha visão da luz nocturna

Porque quanto mais estafada estou, menos sono tenho.
E então, que fico na minha amável varanda até chegar o joão pestana, que nunca mais chega. Consumo-me a mim, a minha mente atrevida de alegria agora ambiciona por paz. Olho para a água e vejo o reflexo da lua. Comento a ponte que não tem trânsito, quando acaba de passar por aqui um autocarro que deve vir do aeroporto.
E ligo aquele aparelho sonoro que me leva ao irreal. Sinto o vento que te traz até perto de mim, sinto te como companheiro impotente. Bebo água para desaparecerem de mim os excessos. Penso no presente e vejo o passado feliz e infeliz. Observo os outros e noto as transformações negativas que os mudaram. Agradeço aos que me guiam. Peço desculpa aos que não consigo guiar. Sinto que não me consigo gerir. Oiço ao mesmo tempo que vejo o ar expirado todo poluído. Inspiro o puro e transformo em impureza.
Não consigo entrar na disputa do bem porque ele está dentro de mim. Atravesso a estrada e dão um papel a reflectir um momento menos bem passado, que será de certeza a tal passagem de cansaço absurdo. Encosto me a uma cadeira e sou julgada por bocejar. Dou um sorriso e recebo gritos. Dou uma certeza e recebo um encolher de ombros. Mas que mundo banal é este porque estou a passar. Completamente indescritivel. Faço acções que reflicto sobre elas. E que grande exagero de ordens de pairam por aqui e por ali. Que desperdício que rimas. Almas trabalhadas a carvão sem fumo que demonstre o horror. Consome-se porque se pensa que nos tira as verdades. Que medo pensar assim, num vazio total.
O mar, a água que bom. Entrar no som das ondas e remar até sentir Marrocos. Olhar para a frente e ver as nuvens que não existem no céu. Estamos em Julho e por aqui a estas horas está tanto frio como se fosse inverno calmo. Humidade fria nas janelas verdes, tudo a condizer com o ambiente que se vive, frio. Em nós, neste momento seria um sonho, não consigo e ninguém me pode obrigar. Sinto que tem de existir, mas nem consigo pensar de uma forma racional. Entro muda e saio calada quando me choco com a banalidade. E vejo o meu livro perdido nas páginas quando ao mesmo tempo, estou a espirrar. E agora o telefone caiu dentro do aquário, enquanto todos os peixes morrem, as algas aplaudem.
Como durmo, de barriga para baixo ou de barriga para cima. Nem me lembro, só sei que deixei todo o meu ambiente ligado. Agora sou-a a maresia de bolor. Quando olho para o frigorífico e vejo leite de soja, tenho vontade de beber e ao mesmo tempo de o vomitar. Canecas grandes, verdes, cheias de vitaminas para sobreviver á guerra.
As minhas melhores inimigas são as pastilhas elásticas e por incrível que pareça hoje já lá vão seis. Um número pequeno para tanto mal.
Ai e falamos ao telefone horas e horas a discutir o que não tem assunto ou solução. Ambas sabemos que é tudo irreal para o nosso mundo tão pequeno do prato de comida ou de um sorriso querido. Apetecia-me estar a passar na rua a atirar-me a uma velhota para a abraçar. Queria tanto ir na avenida. Afluência de retratos foi sempre uma bonita escolha para resistir á sede de rir. E mostrar os retratos foi sempre uma bonita escolha para fugir ao chorar. A chuva molhava me o rosto quando era inverno e o meu guarda chuva se partia. Que bom sonhar com água na cara.
E no fim deste discurso reparo na quantidade de vezes que eu refiro a água, sempre pelo lado positivo. Uma directa em vão do reflectir.
E a luz da lua mostra-me a água brilhante. A lua brilha. Só quero ver brilho aqui e ali.
O meu respirar á azedo de tanto melão com de açúcar.
Aqui são 3.39 da manhã e aqui estou com o sono disperso da minha necessidade de descanso. Parece-me que esta noite fico pelo sofá, mas depois penso no edredon e vou para o meu vale dos lençóis. Embora não pareça já lá estou.

4 de julho de 2009

Uma Ponte Sobre o Tejo

O meu cansaço é tanto que não te consigo ajudar. Quero-te te dar a mão e sorrir contigo, mas não tenho força.
O meu cansaço é tanto que não tenho fome. Bebo água e alimento-me de café!
O meu cansaço é tanto que chego a não ter sono.
Quando vou sobre carris ainda tenho força para ouvir música.
O meu cansaço é tanto que chego ao ponto de estar ao telemóvel e dizer que estou a ficar sem energia, não consigo mais.
O meu cansaço é tanto que precisava de dormir.
Mãe, tens razão quando dizes que a minha voz está cansada e que eu nem tenho tempo para dormir.!!!
O meu cansaço é tanto que eu cheguei a desejar ficar uma noite toda a ensaiar!
O meu cansaço é tanto que nem quero falar com ninguém.
E por vezes todo este cansaço se transforma em tristeza, desespero e bruteza!
Não te quero ver assim, mas gosto quando ages á tua maneira, força a nós!
Olha desculpa a ti, porque me compreendes!

2 de julho de 2009

Dias de não se poder sair de casa.

Existem mesmo dias em que não devemos sair de casa, nem sequer da cama.
E hoje foi um dia desses.
Que desastre, de manhã á noite.
Só atrasos, por causa da treta dos comboios e dos bilhetes e das filas.
Só discussões devido ao atraso.
Só comentários por se fechar os olhos por dois minutos.
Só tempo perdido, devido aos intervalos de horas!
Só visões que não gostava de ter.
Só boa energia devido á noite.
Só dores de bexiga.
Só dores de dentes.
Socorro, que dia distraído e desatinado, sem jeito.