Lembras te daquele chão transparente, um falso chão uma incógnita para as certezas.
Agora recordo a nossa audição, que agradável sentir que estou perto. Botões pretos que não conseguem dar a volta. Trabalho para tentar viver. A inutilidade do sofrimento, esta é uma boa questão para quem não quer ser abraçado. Sofrer por apetite ou sofrer por desgosto. Prefiro lacrimejar por apetite.
O labirinto das lágrimas é muito longo, tem muitas curvas e não encontro o caminho para tentar sair desta verdura toda, estas folhas esvoaçantes dão fim ao vento inquieto.
Sinto o outro lado da vida no meio da rua, a tentar entrar nos meus sentidos. Que bom o nosso abraço. Que mau o nosso adeus.
A crueldade vista dos meus olhos. A amizade vista do meu coração. A realidade vista da minha água.
Assim criamos as sementes da terra do nunca.
2 comentários:
Uma terra do nunca um pouco ingrata mas havemos de nos habituar a vive-la.
Sabes manusear muito bem as letras (:
Sei que isto tudo são fases que passamos muito dolorosamente mas quando olhamos para trás percebemos que foram só pequenas folhas rasgadas que ficaram no nosso caixote do lixo da vida.
Adoro-te, meu amor.
Há muita gente que convive com a terra do nunca, e é algo que acho que nos vamos ter que habituar durante toda a nossa vida.
beijos
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