29 de junho de 2009

Aventura

A rotina de vida que estou a ter neste momento. Tec/Casa.
Apetecia-me cantar mais e falar menos, durante as horitas que estamos em trabalho acontecem novas trocas de palavras, novas discussões, novas incertezas e mais objectivos.
Vida agitada no teatro.
Mas por vezes queremos viver em busca de uma aventura que nos ajude a descomprimir este stress todo do mundo do artista e da arte.
E que bom que era, ir para o destino de sonho, apanhar com a neve na cara!
Ir á deriva por aí.
Ou agarrar em alguém e rir e gargalhar como se não houvesse amanhã.
Deixar de pensar no passado e viver o futuro. Rir rir e rir.
Ainda que fazemos o que gostamos. Sem isso a vida seria uma morte, para mim.
Impensável pensar que alguma vez me desligaria da arte.
Bom, continuando a rotina desejada e procurando uma futura aventura para um presente próximo. Cumprimentos a quem também quer aventurar!

27 de junho de 2009

Folarinha

Minha Querida Folarinha Escrevo Para Ti, Porque Assim Me Chamas Tu!
Esses tempos de folar já passaram, agora bebe-se água e mais água.
Estamos com rigor. Oh minha folara ou folarona gosto tanto de ti. Somos tão folarinhas!
Ai que bom! E geladar ainda era melhor. E bolar ainda melhor, mas pior.
Oh folara para que somos nós tão correctas com a vida? Ao ponto de não querer ficar com o buraco do brinco da orelha rasgado, como já está o meu....
Oh folarona gosto tanto do nosso comportamento, parecemos duas crianças infantis bem comportadinhas, com medo que venha o superior ralhar conosco. Mas na verdade nós temos é uma formação que ganha a tudo e todos.
Porque os nossos papás assim nos criaram.
Ai jesus, a falar dos nossos papás como se fossemos as tais crianças.
E no fundo somos. Quando estamos para aparvalhar parecemos umas bebés só ás gargalhadas e a dizer maluqueiras!
Oh que belos dezanove e quarenta euros!
São tão diferentes e tão valiosos.
Os nossos perfumes mais comuns são o cheiro a velas, o cheiro a flores e o cheiro a rosmaninho queimado.
Mas que sensíveis ao mundo de lá.
Este por aqui é tão cruel que até nascem pastéis de nata por todo o lado.
E mais umas das facetas do nosso folar é fotografar. A pancada das fotografias é muito engraçada, principalmente quando as folarinhas ou folaras ou folaronas não têm nenhuma fotografia de jeito. Não vale a pena tentar. Achamos impossível. Definimos como um desafio para as doceiras.
Olha, não queres ir comer.......ai........um copo de água»?
Bessinho, Bricinho, Abraço, Kisses, Mãozinhas e Sorrisos só para TU.

24 de junho de 2009

o Aeroporto da cidade desconhecida

Encontrei uma mala cheia de magia no meio do aeroporto do meu destino de sonho.
A aventura, o desconhecido.
Aqui dentro estava um retrato teu, vindo da Indonésia quando tinhas dois anitos e vivias lá. Assim me deixo consumir pelo telefone. Não quero compactuar com a conversa absurda do prazer de ouvir. Não gosto de viajar sem sentir, nem ver.
Cheguei a Praga e estava um calor de morte, mas na minha mala só tinha levado roupa bem quente, devido ás informações falsas segundo a Internet. Vivi aquela semana numa aventura conjunta.
Depois cheguei a Marrocos e passei uma fome impressionante.
A seguir dirigi-me a Barcelona. Andei pelas Ramblas cantando as Janeiras!
Mais tarde, passados uns dias, o tempo suficiente para visitar as obras do Gaudi e do Milá, fui para Londres.
Ai que cidade escura. Vive bem, na casa da senhora Ascenção. Uma portuguesa transformada numa londrina.
Que bela rotina que se criou por esta terra. Conheci um intelectual que corria todos os dias pela rua da minha casa. Meti-me com ele e a minha alma foi violada até aos limites. Tremi de medo de tanta impureza e de tanta merda saída de uma boca só.
Passada esta cidade negra rumei a Sevilha. Viva a Espanha. Queridas músicas que me alegraram nas ruas espanholas. Belas tapas comidas a duzentos á hora.
Depois de ter dançado as sevilhanas fui até á Tailândia, um destino de sonho, mas para mim foi um terror. Passei os dias de maior fome que já alguma vez passei. Recusei-me a comer sopa de água com ervas, mais baratas fritas e mais e mais.
Passados dois quilos perdidos fui a Paris. Cidade gira, de sonho do amor, mas infelizmente pregou-me um grande desgosto. Tirei mais de mil fotografias, para chegar ao ultimo dia de viagem, a sair do hotel e ligar a máquina para ver que não restava nem uma fotografia, a tecnologia também tem os seus contras!
Cheguei a New York City.
Agora sim cheguei ao local perfeito. Aterrei no meu destino. Agora vou ficar por aqui até morrer.
Que local de sonho. O meu hotel Pensylvania, situado a dez metros de distância da Broadway. Vi o Chicago e os Producers.
Óptima vida, agitada como eu. Durante a noite as sirenes não descansam. Uma agitação de táxis amarelos que me fazem viver a realidade num filme da vida do dia a dia. E ao fim de cinco dias tive de me despedir, para mais tarde regressar. Esta é a minha cidade. Vai ser o meu local de residência. O meu sonho de vida. O meu Macy's. ah que bom!
O banho de luxúria!
Minha querida New York.

A Casa do Castelo da Rainha da Lota


A casa do Castelo foi inventada pela rainha da Lota.
Sempre a conheci como a casa dos meus não sonhos. Perto do beliche.
Uma passadeira vermelha para receber os donos da casa, lá existe além de todos os compartimentos normais de uma casa, uma garagem misteriosa.
Esta garagem nasceu há dezanove anos.
Viveu sempre atulhada de montanhas de coisas, desde bicicletas, carros, trotinetes, molas, roupas, cordas, ferramentas, escadotes, lenha, grades e janelas.
Os hóspedes deste pequenino castelo viveram sempre lá, usando apenas a garagem como um local de passagem. Mas passados dezanove anos a garagem mudou de vida. Agora, durante ou quase durante todos os dias e todas as noites ela ganha vida. Dizem os habitantes que durante as 24 horas do dia sentem vida subterrânea. Dizem ouvir móveis a serem arrastados! Isto é um mistério chamado o outro lado da vida.
São os outros habitantes do outro lado da vida que tentam interagir com este nosso mundo.
E que podem os habitantes fazer?
Ignorar os espíritos
ou
tentar interpretar os sinais?

17 de junho de 2009

Até sempre num nunca mais.

Assim me despedi de si, com todas as minhas forças, porque parecendo que não eu já sabia o que ia acontecer.
Foi interrompido no caminho da vida, porque é esta a lei. E eu fui ao seu encontro em vida.
Sentia que me tinha de despedir de si. E com calma lhe dei a minha mão e lhe fiz festinhas pelas zonas doridas. Fui correspondida com um sorriso entramelado. E com um aperto na minha mão quando eu dizia está a sentir a minha mão.
Consegui um sorriso seu, um aperto de mão, uma respiração ofegante, uns olhos vermelhos e um acenar de mão dizendo adeus.
E eu disse para mim adeus até sempre.
Tive ali a certeza de que se despia de mim.
Foi um adeus calmo, sem sofrimento.
Tenho a certeza que se vai juntar aqueles que nós sabemos quem são. Só eles o poderão ajudar. Espero que não se prenda aqui, a nós. Choro por si.
Porque apesar de tudo era meu "avô". Meu casal querido, agora desmembrado.
Ainda á cerca de três semanas estávamos sentados de sala, a vê-lo almoçar a sua pescada cozida com feijão verde.
Os pequenos prazeres da vida, já foram vividos. Agora é repousar onde encontrar lugar.
Lutámos por si, mas a vida é assim.
Choro por si.
Porque o perdi para sempre. Agora só presenciarei uma lápide inscrita com palavras de paz e amizade.
Ao seu lado estão certas almas que o levaram para o além.
Não devo chorar. Nem rir.
Devo estar impávida, calma ao processo natural da vida.
O seu carro verde, as suas casas da horta pegadas ás minhas e o seu bobi ainda hoje relembrado.
Querido companheiro, foi porque Deus quis assim.
Prometo estar sempre presente em si.
Mais um anjo da guarda para mim.
Obrigada pelos sorrisos que me deu.
Fico perdida quando desaparecem estas minhas bases de vida, desde que nasci que as tenho e depois de um momento para o outro roubam-mas.
Avó Velhinha, Avô, Pai, Avó, Tia Rita, Tia Maria Luísa, Primo Álvaro (avô) .... por quem chamo eu?
Vejo que ao longo da minha vida vou ficando cada vez mais sozinha por aqui.
Sem saber a quem me agarrar.
É muito injusto.
Ser sensível é doloroso.
Sofrer por os que nos são queridos.
A minha consciência tranquila porque sempre lhes dei todo a minha devoção.
Nunca os desprezei. Sempre os adorei e adoro.
Idolatro com minhas estrelas que são. Os meus guias.
E perder assim mais um elemento é descontrolante.
Mas como sempre eu sou o pilar.

Retrato

Porque tirar fotografias é o meu lema de vida. Dizer sim a um rosto perdido e tentar retratar a sua perdição. Conseguir alcançar aquele prazer que se pode atingir. Agarrar na tua mão e sentir o clique do botão a disparar. A dispultar em mim um gosto pelo retrato do momento. Os teus olhos rubros peregrinos roubaram a atenção da minha objectiva. Assim retratos e mais retratos perdidos por uma simples tecnologia. Fotografei deste um chão velho até ao mundo gastronómico da Tailândia. E neste momento receio por todos os retratos. Que belos momentos os meus com a minha companheira olympus. Enfim mais virão. Vai um retrato? Peregrina de mim.

14 de junho de 2009

As Feveras


Por aqui pairam as feveras. Sentadas numa relva cagada, aqui estamos nós o trio da pureza matinal, tardia e nocturna. Sempre a sorrir, com gotas pelo meio. Ai tanta pelingrafia. As três artistas da vida fotografada. Vamos geladar? Em sonhos. Boa viagem.

10 de junho de 2009

Obrigações do paizinho

Vou-me inspirar nas obrigações do paizinho para escrever ou pensar sobre o lema de vida que levamos por esta terra.
Portanto vistas bem as coisas temos de abdicar das mais pequenas banalidades que gostamos para realizarmos algo por obrigação.
Obrigam-nos a não sermos felizes. A não gozar o que nos dá gozo.
Meus caros estamos a sobrevoar um mundo de escravidão. Onde o importante é fazer por obrigação e não porque queremos.
O universo injusto das economias.
---Vai cavar a terra para Melgaço! » eu não quero ir, mas preciso de ter as minhas economias, logo sou obrigado a ficar calado, a cavar sem reclamar do descontentamento.
No meio desta vergonha toda de mandatos inconscientes ainda retiro o bom. A grande telepatia que se cria com os que nos rodeiam.
E o paizinho é um deles.
Nunca nos perdemos. A nossa telepatia está sempre presente.

9 de junho de 2009

Varanda das memórias

Na varanda as memórias estendidas. A secar. O vento é pouco. As memórias não passam, são efectivas em mim.
Olho para lá e vejo cinzento. Um percurso escuro a percorrer. Com palavras rugosas.
As mentes que eu causo.
As lanternas onde as palavras que eu profiro se apagam.
Discussão em vão. Usar argumentos de água para com a Terra não leva a lado nenhum.
Ser indiferente á trovoada e ser sensível aos relâmpagos.
Cai granizo pela chaminé, mesmo no sitio onde as andorinhas constróiem os seus ninhos.
A imagem de pureza que hoje não existe.
Até ao tempo certo teremos mais um passarinho.

6 de junho de 2009

Ouvi...fui...assustei-me...dei.

Ouvi dizer que o sol se escondia
Por isso, hoje vi nuvens
Mas amanhã quero ver uma visão escolhida

Fui ao lago
Estava calor
E vi uma cara que só tinha um lado

Assustei-me e gritei
Olhei para o chão
Pedi socorro e gritei

Dei uma mão
Deram-me outra
E fiquei desejosa de ambição

3 de junho de 2009

Imagens vividas

Quando te imaginei no mar, vi-te afogado num pranto descomunal, sem qualquer tipo de retorno ao passado vivido. Saíste do teu lar para nunca mais regressar. Choro por ti, sorri-o por ti.
Lembras te daquele chão transparente, um falso chão uma incógnita para as certezas. 
Agora recordo a nossa audição, que agradável sentir que estou perto. Botões pretos que não conseguem dar a volta. Trabalho para tentar viver. A inutilidade do sofrimento, esta é uma boa questão para quem não quer ser abraçado. Sofrer por apetite ou sofrer por desgosto. Prefiro lacrimejar por apetite. 
O labirinto das lágrimas é muito longo, tem muitas curvas e não encontro o caminho para tentar sair desta verdura toda, estas folhas esvoaçantes dão fim ao vento inquieto. 
Sinto o outro lado da vida no meio da rua, a tentar entrar nos meus sentidos. Que bom o nosso abraço. Que mau o nosso adeus.
A crueldade vista dos meus olhos. A amizade vista do meu coração. A realidade vista da minha água. 
Assim criamos as sementes da terra do nunca.

Agenda Teatral Eptc

"Um Pedido de Casamento" 
Dia 6 de Junho- ás 16, na eptc
Elenco: Ana Lopes Gomes, Ruben Lima e Filipe Ferreira.
Apoios: Prof. Lucília São Lourenço, Prof. Helena Vascon e Prof. João Vasco.