15 de maio de 2010

coisas

Há muito tempo com as palavras decoradas. Recentemente com três pessoas a nascer e a criar. Confiante. Convicta. Lutadora. A investir no dom de retratar o mundo que me envolve no mar de ondas e de revolta na rebentação. Continuo a cantar. Gosto de coração da família mais recente desde há dois meses. Que cozinha, que casa, que gente tão querida e acolhedora, que bem que me sinto dentro dela. Quando saio cá para fora começa o tormento. O tormento de querer regressar onde nos abraçam com tanto carinho. Não gosto da vida do quotidiano. Rotineira, sempre a tomar o mesmo pequeno almoço, no mesmo café. A ir comprar o almoço ao mesmo café. A sair e conversar com tanta gente diferente, mas nada me conforta como a família dos fins de tarde. Por estes dias tem-se conhecido muita gente nova, diferente, de raças distintas. Gosto disto. Mas no fundo o carinho não se encontra aqui, por aqui se vêem novas caras e novas admirações. Novos trabalhos. Novas vias de sorrir. Novas vias de encontrar a pessoa com a nossa mesma empatia. Procurar não leva a lado nenhum. Lutar. Tentar construir o que se contrói sozinho. Tentar correr o que não consigo. Chega de pesquisar em mim uma solução para tanta maquinagem dentro da minha caixa craniana. as cordas da guitarra tocam suavemente pela minha pele. Amanha será um novo dia para clicar num botão mais de duzentas vezes. Amanha será um novo dia a sorrir, por vezes sem querer, mas tem de ser. Meu cão gosto tanto de ti, não estejas a fraquejar agora. Tosse comigo, mas por favor não vás para um mundo melhor. Permanece no sofrimento da terra comigo. Não partas sem mim. Dorme bem, recupera o sono que não te foi permitido, mas dorme até de manhã. Irei ter contigo e tocar-te-ei com uma festinha pela parte do teu corpo que é só minha. Esse lugar é meu. A fé existe em nós.

Sem comentários: