18 de agosto de 2009

Uma porta aberta para voar


Voar seria o indicado para quem não quer ser encontrado.
Para alguém que quer mudar.

Voar era o melhor que se poderia fazer para começar a construir uma caneta Cartier.
Para construir e nunca mais parar.
Quando o sol nasce o avião já devia ir longe, mas pedi e tive a certeza que ainda não tinha partido.

Ir para longe desta areia que nos enterra a todo o custo. Um desgaste de água que se consome.


Quando eu era pequenina vi a PIDE vir ter com a minha lambreta á minha janela.
Assustei-me e fugi para Singapura.
Agarrei na minha almofada e rebentei-a de força.
Que bom ser grande e ir ser uma fadinha.
Fada dos sonhos, das viagens e dos abracinhos ou bicinhos que me apetece dar.
Vivam os cachecóis.

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