O que será a felicidade?
Depois de um dia cheio de sorrisos e actividade cultural desde "O Auto da Barca do Inferno" até ao Ballet.
Chega um momento de reflexão. Numa salinha que me é familiar, de cor roxa ou bordo como eu lhe queira chamar, junto de um vidro fininho, uma luz acolhedora, um sofá desarrumado e um texto baralhado á espera que eu o organizasse três vezes. (80..e tal folhas...).
Ter uma irmã para partilhar estes nossos momentos. Saber que o mundo é injusto e não saber o porquê.
Tu saberes enrolar um papelinho branco e eu a tentar enrolar o mesmo papelinho branco.
Um ambiente de Ámelie Poulan e de lágrimas nos olhos, por tudo o que nos rodeia que é comum.
Saber tudo e não saber nada.
Ás 2 da manhã arrasadas de tristeza quando há 1 hora atrás riamos que nem umas perdidas no meio do metro.
E agora quando te dou um abraço e saio porta fora, as lágrimas são intensas e cada vez mais não sinto ninguém á minha volta. A vontade é seguir a pé pelo caminho a andar até aparecer uma alma que me posso levar para o meu destino de uma forma segura.
Pois por este caminho de solidão e desconforto ando com um passo normal, quando aparece um carro ao meu lado.
Pára e começa a andar ao meu ritmo.
Até que, eu olho e dentro deste mesmo carro estava um homem com muito mau aspecto.
Acontece que na vida temos momentos para pensar que vamos perder tudo e que simplesmente uma pessoa que nos é desconhecida pode agarrar em nós e puff, acabou tudo!
Não sei, mas algo naquele momento me deu acção, ou gritava e acordava os vizinhos que nunca me iriam salvar ou mudava de sentido.
E foi o que fiz, parei e virei costas seguindo no sentido oposto onde seguia o suposto "ladrão".
Ele viu que eu iria começar a correr e seguiu o seu caminho nas calmas, sempre com os olhos postos naquele retrovisor meio escuro.
Passados segundos deste pequeno susto ou drama fico á deriva na rua, a andar para um lado e para outro, nem sabia qual o lado seria melhor para continuar a andar.
Nunca tinha visto, numa sexta á noite, não haver ninguém nesta rua, nem um único carro. Incrível!
Passado algum tempo aparece um táxi. A quem eu estico o braço e chamo.
Felizmente cheguei bem a casa, nem parecia real, mas a verdade é que o humano nasce bom e se transforma em mau.
Foi entrar no prédio e começar a soluçar de choro outra vez.
Que cenas da vida.
Faz-nos pensar que a felicidade é instântanea.
Ou seja, vivemos um presente muito feliz e depois passados 5 minutos já tudo pode ser diferente.
É assim que se devia pensar nas pessoas que nos são mais queridas e aproveitar toda a nossa vida para lhes dedicar todo o que pussamos.
E não estar por aí e por aqui a dizer olá a um e a outro como se tudo estivesse sempre bem e como se tivéssemos de ajudar toda a gente.
Já mandei mensagem a quem eu queria partilhar.
Deves te ter deixado dormir.
Tu sentes as minhas dores em ti.
Dizes tu que agradeces por eu fazer parte da tua vida assim desta forma, inexplicável.
E eu digo o mesmo, mas a amizade não se explica, sente-se.
E lá por sermos como irmãs não quer dizer que não podemos ir no metro e rir e encontrar uma alma que se sente ofendida pelas nossas gargalhadas.
Sejamos felizes á nossa maneira e não á maneira da forma formal do mundo comun. Devemos ter vindo de outro lado encarregadas de sorrir sempre e ajudar tudo e todos.
Mas nunca nos podemos esquecer de nós.
E é o que acontece. Temos de ter mais atenção.
A nossa felicidade nunca é instântanea. Podemos não nos ver ontém, hoje e amanhã, mas estamos sempre felizes uma pela a outra.
21 de novembro de 2009
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1 comentário:
porque te adoro!!!
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