2 de fevereiro de 2009
Festins ao luar de um cristal de encantar...
Vai no vento mais um nascimento de cristal. Cristal para mais tarde tentar desvendar o que não se consegue desvendar. Perceber o que nos põem em dúvida. Ver o quê? Será que já vejo para além do que devia ver e de repente sou enfeitiçada por cristais que me envolvem de uma maneira que não consigo fugir sozinha e que mais tarde depois de me agarrarem cospem-me com toda a força média espiritual humana. Fadista da terra cristalizada. Eu sou, tu és. Tu és, eu sou. Sem olhar intimo no teu cantar profundo. Pediram-me que a dor fosse um sorriso. Ser louca e ser juízo. Voar sobre nós. Eu sou o comboio que é seguido por quem quiser entrar nele. Entrem, mas por favor não me atrasem, eu continuo a andar. Vem sonhar. Esquecem-se as guerras. Vejo e acompanho uma luz que ás vezes... Para respirar? Eu não tenho falta de ar. O óbvio que eu vejo fica desfocado. Vai-se a dor. Vem um balão cheio de cor. Ritmo na balada do canto do caminho estreito da vida. Deserto de água onde se pode iluminar. É dia no meu corpo. A alma nascia de novo. Verdades brancas, enganos negros. Morro de pena. Fado constrangedor. Morada Aberta. Diz-me rio onde está o mar. Quanta mágoa corre no teu sorrir. Crianças, velhos, velhas. Mato a sede no bem dos outros. Um sorriso provocado por mim dá origem a um novo nascimento, não cristal. Brilho, como a estrela que todos os dias está presente em mim e me ajuda na estrada esburacada da terra. Farrapo de gente. Vertigens com os pés assentes na terra. Instrumental na água. Afogar o passado. Viver o estranho presente. Afirmar o futuro. Será que cai? Porquê, pensar, fazer e arrepender para depois acreditar. Por isso eu questiono muito. Porquê? Porquê? Porquê? A sério, porquê? Eu preferia não saber. Preferia nem saber saber. Não vou deixar fugir. Não. Não tenho necessidade de respirar ar puro, quero o que já está consumido, o poluído puro. Não me obriguem a nadar em mares desconhecidos. Sofro de perder por antecipação. Não conheço todo o som do mundo real e verdadeiro. Abri mais uma gaveta. Fechei outra. Ciclo vicioso. Ligação extrema, sem necessidade de disconecção. Aperto de braços. Doí-me a coluna. Aldeia do vazio. Meias cor-de-rosa com fundo vermelho. Vermelho e mais vermelho. Piano, as teclas significam as etapas já passadas. Posso ter uma oportunidade de ajudar mais uma vez, será que me deixam passar o equador... Quero ir até lá, conhecer quem não conheço. Os puros da raça humana. Os não poluídos da diversão. Encantada com a fantasia da vida, perdida nos pensamentos diabólicos de gente comum. Frutos Silvestres. Prata. E hei-de continuar..............................................................................................................................................................................................................................................................................................
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1 comentário:
" Eu sou o comboio que é seguido por quem quiser entrar nele. Entrem, mas por favor não me atrasem, eu continuo a andar." São também minhas essas palavras...
"Vejo e acompanho uma luz que ás vezes se apaga, não percebo o porquê deste apagão forçado." Não serei nunca uma luz intermitente...
"mais tarde depois de me agarrarem cospem-me com toda a força média espiritual humana." Esses não viajam no teu comboio...
"Acho que cai pela segunda vez no mesmo erro". Não se erra, vive-se e a ser erro que erro seria esse?...
...mas esses, esses que não viajam no teu comboio, os que te atrasam, os que cospem não são "Os puros da raça humana." Esses não viajam contigo porque procuram outras paragens....por isso nada temas.
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