Pois é aquele medo...ai...ai.
quando passo por o nosso redondo encontro sempre aquele nosso
comum cheiro familiar. não se percebe como chove e depois de se falar e acreditar no que se diz o sol aparece.
a força da natureza promete em nós.
sentir aqueles gritos de uns animais selvagens desconhecidos e apertar as mãos e ao mesmo tempo chorar pelo bonito que sonhamos.
as velas caiem e o branco propaga-se por toda a nossa aura.
gritar, chorar ou rir.
nada sabemos, nada somos e tudo ambicionamos. andar com o carro para a frente e ver um sol mal visto no meio da trovoada.
sentir o sal grosso no tecido e aspirá-lo com o vento.
abrir o chuveiro e arder brancas como se fosse a salvação. sonhar em conjunto e abrir os olhos com medo de que seja verdade.
adivinhar o passado e prevenir o futuro.
e a música que nos cobre para não ter-mos frio já se desligou. agora geladas pela humanidade.
ai meu
Deus como somos pequenos insectos que se infiltram na vida uns dos outros. porque me apareceste tu de cadeira de rodas dizendo: és bonita. Pensei que nunca nenhum animal me poderia fazer festinhas.
pensei que ela ia ter uma ataque porque tu nunca mais descias as escadas.
Sentado o meu cabelo. o teu coração comia gelado ás colheres, agora sopas. Amanhã poderá ser tarde para
atravessar uma ponte que poderá cair. não sei se vês ou se tens cegueira. sei que vou correr para o vento e vou soprar as paredes como se fossem penas que se vão mover. pela força da alegria vou conseguir pintar as unhas de vermelho.
HOJE VOU Á ÓPERA.
tentar ouvir a tua voz abafada pela pele da plateia.
amanhã vou te
aplaudir, quando tiveres por aí um momento para rezar. depois de voar pela estrada iremos cavar a nossa mesa do piquenique. o tio. os cães vão ser amigos. por mais um caminho que ainda tenho de fazer. estará para breve. aprender por mar. cheirar por terra. vou-me vestir, vou sair de casa e vou-te perseguir. tu me guiarás onde estiveres. não lhe posso dizer nada, pois só tenho uma hora para ir e voltar.
É tudo mentira, hoje chove. vou ficar aqui sentada á espera que a chave saia da porta e me deixe aquecer com o som da chuva a bater na parede que cobre a casinha.
o vento te dirá o que queres ouvir.
não prometo que a cera te não mostre o que não queres ver.